Serviço de excelência

Nesta entrevista, Micaela Silva, CEO Grupo OZDigal, explica as razões da entrada na companhia no capital da Digal e aborda a evolução do mercado energético.

Como se diferencia a Digal num mercado tão competitivo como o da energia?

A Digal tem uma longa história no abastecimento de gás canalizado, com maior relevância nos concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras. Ao logo de mais de 50 anos, temos orientado os nossos investimentos na criação de condições técnicas e humanas para proporcionar um serviço de excelência a todos os nossos clientes. Dispomos de uma rede com cerca de 300 km apoiada por 400 tanques que garantem um abastecimento continuo.

A proximidade e foco constante no cliente dá-nos conhecimento, informação e uma visão completa das suas necessidades o que nos permite identificar oportunidades respondendo rapidamente às suas expectativas.

Proactivamente a nossa equipa técnica faz um acompanhamento permanente das condições de segurança nos condomínios, independentemente de se tratarem de instalações comuns ou instalações do cliente, sem qualquer custo associado.

Sabemos que a OZ Energia entrou no capital da Digal em 2017. Que benefícios para os clientes surgiram desta união?

A entrada da OZ Energia na empresa trouxe benefícios inigualáveis, alguns deles só perceptíveis com o tempo. Temos agora uma Digal renovada, com reforço de meios, ainda mais próxima, e sobretudo mais tecnológica, capaz de dar resposta a todo o tipo de necessidades dos nossos clientes. A consequência mais visível foi o alargamento da oferta de outras energias mais sustentáveis. Mantemos, contudo, a nossa identidade, a dedicação de sempre e a qualidade no nosso serviço numa constante procura de excelência.

Estamos perante um novo paradigma energético que se irá concretizar na transferência de consumo de energias tradicionalmente mais poluentes para energias mais verdes. A Digal está ameaçada?

Não entendemos a mudança de paradigma como ameaça, trata-se de um processo transformativo em que também estamos empenhados. Aliás, a Digal dispõe de uma importante área de negócio de renováveis – somos pioneiros na comercialização de equipamentos solares, representando a Solarhart, uma marca australiana, líder de mercado no seu segmento. Desde a entrada da OZ Energia passamos a comercializar e distribuir pellets e equipamentos de queima, com entrega ao domicílio.

A mudança do paradigma constitui uma oportunidade para alargarmos o nosso mix energético apresentando ao nosso cliente várias soluções de energia e apoiando-o na sua decisão. Em pipeline estão ainda outros projetos que, tenho a convicção, nos tornarão também uma referência nas renováveis.

Enquanto player neste mercado, temos o dever de proteger o nosso planeta não comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida das gerações futuras. O gás é apontado como uma das fontes principais na transição energética. Embora se trate de um combustível fóssil tem baixas emissões.

O gás propano tem como principal característica o seu elevado poder calorifico o que lhe confere elevada performance, ajustado tanto ao mercado doméstico, como ao terciário e industrial. Estamos perante um produto com um binómio custo/eficiência perfeito, mais competitivo do que energia eléctrica.

Quais são então os principais desafios?

Um dos grandes desafios é proporcionar soluções adequadas de consumo de energia ao melhor preço, ajustadas a cada um dos nossos clientes. Para isso teremos de alargar o nosso próprio mix energético, incorporando tecnologia que nos permita responder com a melhor solução para cada caso, para cada cliente.

Mas há outros desafios que têm mais a ver com o nosso papel na sociedade e que se prendem com o impacto positivo que pretendemos deixar nos clientes, na comunidade, na sociedade em geral. Estamos a contribuir para o bem-estar das comunidades com que interagimos e verdadeiramente comprometidos com a sociedade e a sustentabilidade. O nosso propósito é ser a energia da nova geração.